Dez vereadores de Augustinópolis são denunciados por associação criminosa e recebimento de propina


]]> Suposto esquema de corrupção foi apurado pela Polícia Civil e Ministério Público durante a operação Perfídia. Vereadores estariam cobrando propina para aprovar projetos da prefeitura. Vereadores da Câmara de Augustinópolis são alvo de investigação
Lucas Ferreira/ TV Anhanguera
Dez vereadores e dois servidores da Prefeitura de Augustinópolis foram denunciados pelo Ministério Público Estadual nesta quarta-feira (27). Eles foram investigados durante a operação Perfídia, da Polícia Civil, que apurou esquema de corrupção e prendeu quase todos os parlamentares da cidade. Durante a investigação foi apontado o grupo estaria cobrando e recebendo propina para aprovar projetos de lei.
A operação foi realizada em janeiro deste ano. Dez dos 11 vereadores de Augustinópolis, na região norte do Tocantins, tiveram a prisão decretada. Além das prisões, a Justiça também afastou os parlamentares por 180 dias.
Segundo o MPE, a denúncia o grupo de vereadores vai responder por integrar organização criminosa com o intuito de obter vantagem indevida em razão dos cargos públicos exercidos. Os dois servidores municipais devem responder pelos repasses ilegais realizados.
O único vereador que não está respondendo pelos crimes é o presidente da Câmara, Cícero Cruz Moutinho (PR).
Escutas telefônicas feitas com autorização judicial revelaram como funcionava o suposto esquema de corrupção. Os áudios mostram que os vereadores ficavam irritados quando a propina atrasava.
Investigação
Conforme a denúncia do MPE, os crimes foram praticados de janeiro de 2017 e janeiro de 2019. Foram identificados 25 pagamentos indevidos aos 10 dez vereadores.
Os pagamentos eram realizados mensalmente e variavam de R$ 1 mil a R$ 8 mil, de acordo com a força política de cada parlamentar.
Segundo a denúncia, após vencerem as eleições, os vereadores exigiram pagamentos para deixar de fiscalizar os atos da prefeitura e aprovar os projetos enviados pelo município.
Em dezembro de 2018, por exemplo, eles teriam exigido o pagamento individual de R$ 500 para aprovar a Lei Orçamentária Anual.
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